Há mais de um século, Sigmund Freud inaugurou a arte da escuta clínica aos pacientes que apresentavam dores e sofrimentos que não podiam ser explicados pela medicina da época, por não possuírem causa orgânica. Percebeu que muitos sintomas físicos tinham origem em processos emocionais e experiências inacessíveis à consciência imediata. Seu longo trabalho de investigação resultou no surgimento da Psicanálise e influenciou outras abordagens terapêuticas, as quais têm na fala do paciente e na escuta analítica as principais ferramentas de acesso e tratamento às diversas formas de sofrimento que acometem o ser humano, seja nas suas relações interpessoais, nos âmbitos do amar e trabalhar, seja na relação consigo mesmo, com seu próprio corpo – o qual fala, muitas vezes, por meio de sintomas psicossomáticos, quando questões emocionais causam ou agravam problemas físicos.
Assim, a Psicoterapia é um método de tratamento às questões emocionais que impedem a pessoa de viver de modo mais pleno – como, por exemplo, nas crises de ansiedade, depressão, fobias, transtornos alimentares, sexuais, sociais ou do pensamento.
O processo terapêutico é um processo de cura pela fala. Diferente de um falar verborrágico ou de uma conversa com amigos, o paciente e o profissional, por meio de um vínculo terapêutico, buscam compreender, ressignificar e transformar as experiências dolorosas em possibilidades de crescimento. É, portanto um método para acessar a realidade interna e desenvolver as potencialidades que cada pessoa carrega em si.
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